domingo, 7 de outubro de 2012

uma breve reflexão sobre a educação escolar brasileira



UM BREVE ENFOQUE DA ATUAL SITUAÇAO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA.

É bastante visível o grande problema porque passa à educação pública brasileira, o que era para formar cidadãos críticos de autonomia, para atuar na sociedade em que vive e com ela desenvolver-se, não acontece. Percebemos que a atual educação concedida pelo governo não chega nem perto desses pontos que foram citados acima. E tentaremos de forma lúcida mostrar a dicotomia dessa educação, mostrando que desde nossa colonização não se pensava numa educação para todos, evidenciando que o governo possui um papel de destaque sobre essa questão educacional, e que pais, professores e alunos também possuem responsabilidades nesse processo.
Se voltarmos um pouco no tempo, no período de nossa colonização pelos portugueses, veremos que não se tinha essa idéia de colonizar, de forma uma espécie de segunda Portugal aqui no Brasil, mas sim de saquear os recursos naturais que aqui existiam, tanto que os portugueses mandaram para o Brasil só os que eles consideravam estar à margem de sua sociedade. E aí podemos perceber que no decorrer desse processo a educação não se dará de forma democrática ou seja para todos, mas sim para uma pequena parte, o que podemos observar ainda nos dias de hoje, onde a verdadeira educação de qualidade está longe das classes de poderio econômico inferior, pois, só a elite da sociedade tem acesso a essa educação de qualidade, e isso gera um problema que também possui imensurável relevância nos dias atuais, as desigualdades sociais, que podemos até dizer ser um assunto que está inserido dentro da educação e que de uma forma ou de outra podemos perceber que estão emaranhados.
No parágrafo anterior tocamos num ponto importante, as chamadas desigualdades sociais e quando nos voltamos para um olhar digamos mais minucioso sobre a sua relação com a educação, percebemos que não a nenhum esforço por parte de nosso governo para que se superem essas desigualdades, pelo contrário dissimulam essa realidade, e as pessoas ou a grande parte que é prejudicada fica em meio à alienação, nesse estado de conformismo que o sistema dominante os impulsiona de maneira ideológica, com seu principal objetivo realmente camuflado, de manter a classe dominante no topo e usando a educação para este fim.
No decorre deste texto já descrevi alguns ponto que contribuem para a atual situação da educação, porém agora abordaremos o que considero ser o mais valioso, que é homem quanto professor, pai, mãe e aluno. Por mais que o sistema nos obrigue de forma dissimulada a preserva esse domínio da classe dominante, cabem a nós homens e mulheres envolvidos nessa área educacional buscarmos mecanismos que possam servir para essa ruptura, e nas entranhas desse sistema que quer apenas aprisionar grande parte da nossa sociedade nesse comodismo sem fim, agir também de forma dissimulada para libertá-los dessa alienação.
Desta forma podemos perceber que esse caos, porque passa a atual educação brasileira não é um assunto simples de ser analisado, é um tema que num remete a varias possibilidade. Mas que a meu ver, o grande momento da educação pública, será quando ela for tomada como prioridade em nosso país, tornando assim um país mais justo e de possibilidades igualitárias.

reportagem muito boa e que pode contribuir para nossas reflexões enquanto educadores.



Especial
7 lições da Coréia para o Brasil
O que o país pode aprender com
o bem-sucedido modelo de educação
implantado na Coréia do Sul
http://www.covest.com.br/int_interface/Default_Exibir_Conteudo.asp?CO_TOPICO=169
Monica Weinberg, da Coréia do Sul

Fonte: Revista Veja, nº 7 (fevereiro de 2005)

1. Concentrar os recursos públicos no ensino fundamental – e não na universidade – enquanto a qualidade nesse nível for sofrível
2. Premiar os melhores alunos com bolsas e aulas extras para que desenvolvam seu talento
3. Racionalizar os recursos para dar melhores salários aos professores
4. Investir em pólos universitários voltados para a área tecnológica
5. Atrair o dinheiro das empresas para a universidade, produzindo pesquisa afinada com as demandas do mercado
6. Estudar mais. Os brasileiros dedicam cinco horas por dia aos estudos, menos da metade do tempo dos coreanos
7. Incentivar os pais a se tornarem assíduos participantes nos estudos dos filhos

A Coréia do Sul e o Brasil já foram países bastante parecidos. Em 1960, eram típicas nações do mundo subdesenvolvido, atoladas em índices socioeconômicos calamitosos e com taxas de analfabetismo que beiravam os 35%. Na época, a renda per capita coreana equivalia à do Sudão: patinava em torno de 900 dólares por ano. Nesse aspecto, o Brasil levava alguma vantagem – sua renda per capita era o dobro da coreana. A Coréia amargava ainda o trauma de uma guerra civil que deixou 1 milhão de mortos e a economia em ruínas. Hoje, passados quarenta anos, um abismo separa as duas nações. A Coréia exibe uma economia fervilhante, capaz de triplicar de tamanho a cada década. Sua renda per capita cresceu dezenove vezes desde os anos 60, e a sociedade atingiu um patamar de bem-estar invejável. Os coreanos praticamente erradicaram o analfabetismo e colocaram 82% dos jovens na universidade. Já o Brasil mantém 13% de sua população na escuridão do analfabetismo e tem apenas 18% dos estudantes na faculdade. Sua renda per capita é hoje menos da metade da coreana. Em suma, o Brasil ficou para trás e a Coréia largou em disparada. Por que isso aconteceu? Porque a Coréia apostou no investimento ininterrupto e maciço na educação – e nós não. Enquanto os asiáticos despejavam dinheiro nas escolas públicas de ensino fundamental e médio, sistemática e obstinadamente, o Brasil preferia canalizar seus minguados recursos para a universidade e inventar projetos mirabolantes que viravam fumaça a cada troca de governo. Ou seja, gastava munição atirando para todos os lados sem acertar alvo nenhum. Desnecessário dizer quem estava certo.